Saiu Loureiro, entrou Loureiro, ficamos no quê? A pergunta não tem, para já, resposta possível. Mas abre espaço a discussão. Antes de mais, fico algo surpreendido com a onda generalizada de optimismo em relação ao novo presidente da liga, como se um messias tivesse aterrado na sede organismo. Foram lançadas duas ou três ideias e realizaram-se um par de discursos a apelar ao populismo que, claro, deixaram todos com sorriso na cara. Disse-se o quê? Que se quer transparência, rigor e o fim da suspeição em torno da arbitragem. Nada de novo, algo que todas as pessoas de bem desejam. Mas como se faz isso sr. Loureiro, Hermínio? Tendo ao seu lado o outro Loureiro, Valentim? As reformas, sempre ouvi dizer, fazem-se com caras novas. A sua é, de facto nova. E bem sei que a lista do Major não foi escolhida por si - nem a sua por ele, como o próprio deixou bem claro - mas não gostei de os ver sentados lado a lado a ver um jogo de futebol. Não que isso seja crime, até porque os cargos de ambos dão aso a essa situação, mas fica a ideia de que o comboio não mudou de linha. Aplaudo a profissionalização dos árbitros (embora isso não seja de perto nem de longe a solução dos problemas) e a escolha do seu consócio leonino Vítor Pereira para comandar o sector. Como aplaudo a vontade em ver os casos de disciplina resolvidos em tempo célere. No fundo até acredito que Loureiro, Hermínio, esteja cheio de boa vontade e realmente convicto daquilo que diz. Mas estou céptico. Porque Loureiro, Valentim, esse pode não gostar de ver obra feita com o seu apelido, mas com outro nome próprio.