sexta-feira, junho 30, 2006

Marca entrevista BnR

É com um enorme orgulho na venta que mostramos aqui a entrevista exclusiva que concedemos ontem ao jornal Marca, num castelhano de fazer inveja ao Carlos Queiroz e ao Peseiro. Sem mais encómios, ei-la:

Marca:
BnR: Si, habemos visto unas quantas. Portugal, Inglaterra, Argentina y sobretodo Francia. Non lo crês?

Marca: BnR: ...Si, vão a ganar, claro. Como haceran em la eurocopa 2004 de Espanha... bruup.... que non, de Portugal... Quita tu sueño amiguito.

Marca:
BnR: Tás hablando de qué? Sufrindo dolores en el culo? Pensava que hasta ahora tu país ya estava acostombrado a ser enrabado... tomar en el culo de outros equipos, comprendes?

Marca: BnR: Si, seguro. Los chicos de la television alemã estan siempre a mirar-lo con las cameras. Con un poquito de suerte, ainda vas a tener oportunidad de lo ver naquele baile muy loco... tres pasitos para allá y otros tres para acá. Aqui tenemos un chico que hace lo miesmo número. Se llama João Baião. Mucho fixe.

Marca:


BnR: Un pánico do caraças! En especial Zizou. Está todo borradinho, ahora que vay a jugar con Brazil. Un partidazo. Lo podes mirar en TVE1.

Marca:
BnR: No, no vale a pena! Es solamente un juego. Nada más. Tienes cosas piores en vida. Ah, y se quieres voltar, arranja un equipo melhorzita, que non use defensores de Madrid, comprendes? E también, si puderes, con un entreinador más joven, que perceba más de la coisa. Comprendes?

A conversa terminou logo de seguida, pois o jornalista do país vizinho tinha ainda de fazer uma reportagem sobre os golos que o Raúl nunca marcou numa meia-final de um campeonato do mundo, mas que gostaria de ter marcado.

quinta-feira, junho 29, 2006

Falar certo e falar mentira

Não posso deixar de mencionar aqui os erros graves que se vão cometendo no jornalismo português, em especial no desportivo. Erros de base. Ontem, a generalidade dos órgãos de comunicação social fez notícia de uma "outra notícia" publicada no site do jornal britânico, The Sun. Segundo o tablóide, Pauleta deu uma entrevista sobre as forças e fraquezas da equipa inglesa, adversária de Portugal no sábado, entre outros considerandos. Pois bem, em Lisboa, a imprensa com edições on-line repercutiu as declarações do avançado, afirmando taxativamente que ELE, Pauleta, tinha sido entrevistado. Nada de um «alegadamente», «segundo o jornal inglês», «o avançado terá dito», ou outra qualquer forma de informar o leitor que não houve confirmação sobre a veracidade das declarações. Um telefonema ao assessor de imprensa da selecção podia eventualmente ter resolvido a questão. Acontece que algumas horas depois, Pauleta, furibundo, NEGOU COMPLETAMENTE ter falado aos jornais ingleses. A imprensa portuguesa, que já tinha errado no primeiro momento ao atropelar a regra principal da profissão, fez notícia depois com as REAIS palavras do jogador, mas nos seus sites, as palavras FALSAS atribuídas a Pauleta permanecem ainda acessíveis, como que se nada se tivesse passado. Dois erros num.
Também ontem, Mourinho evitou uma situação semelhante. Só porque foi mais rápido que os "jornaleiros" e emitiu um comunicado a desmentir taxativamente uma "entrevista" exclusiva à Sky News... que pouco depois seria (com certeza) publicada em Portugal desta forma:"O técnico José Mourinho afirmou hoje que...."

terça-feira, junho 27, 2006

momento euronews

Postal de Nuremberga

Como já não consigo ir assistir ao vivo ao espanha-frança de mais logo, tenho uns minutos para mostrar mais uns quantos bastidores do jogo de Nuremberga. Nas imediações do estádio poucos portugueses. O melhor que se viu foram aquelas três alemãs a "fazer" de brasileiras. O samba não era nada de especial, mas sempre foi dando para entreter um bocado. A chegada da equipa fez-se de forma tranquila e sem grande aparato policial, numa altura que a sala de imprensa tinha o maior aglomerado de jornalistas que já alguma vez vi. Antes do início da partida, os jogadores ficaram no relvado a assistir ao resumo do inglaterra-equacor. Curiosa a forma como Simão gesticulou ao ver o livre do Beckham, como que a dizer: "dass, que sorte!". Eusébio foi pondo a conversa em dia com Van Basten e deu para perceber através dos ecrãns que temos na bancada o ex-avançado a dizer ao King "holland and portugal almost the same". Sim, almost, porque na verdade vocês são um bocadinho mais fracos. Até na Fórmula 1 o Tiago Monteiro deu prova de grande espírito lusitano, ao mandar o seu companheiro de equipa (o holandês Cristian Alberts) fora de pista logo na primeira curva. Eheh, aquela boxe da Midland devia estar ao rubro. Por fim, nota para o menino Tiago. Sempre bem disposto e com cara de quem não parte um prato, o médio caiu no goto desta senhora agente, e toca de posar ao lado da polícia para mais tarde recordar.

segunda-feira, junho 26, 2006

Portugal-Holanda

Este post era para ter sido escrito na viagem de comboio de regresso a casa depois do jogo de ontem, mas o cansaço aconselhou-me a uma soneca de duas horas, entre Nuremberga e Frankfurt. Fui tentando fechar o olho, mas o pendular cá do sítio vinha com portugueses aos gritos na carruagem da frente, pelo que optei por finalmente acabar de ler "O Maçon de Viena", de José Braga Gonçalves - fiquei estupefacto com as coisas que Lisboa me escondeu todos estes anos à custa do imaginário (e devoção maçónica) do Marquês de Pombal. Adiante, que esta história é sobre outra coisa. Tal como tinha previsto, o jogo com os holandeses foi tremendo, intenso, digno de uma final sul-americana na sua virilidade e entrega dos jogadores. A selecção foi heróica na conquista do seu objectivo, tendo de lutar contra um árbitro mauzinho, procurando a sorte dos campeões nos momentos mais dramáticos. Uma sorte que disfarçou alguns erros portugueses, que num outro dia poderiam ter sido fatais. Mas no final todos estavam sorridentes e até deu para os jogadores matarem saudades das mulheres, numa reunião improvisada à saída dos balneários, com Deco e Jaciara a serem as grandes estrelas. Não resisti à oportunidade e pela segunda vez desde que sou jornalista pedi um autógrafo a um jogador de futebol (a outra foi a Preud'homme). O mágico do Barça assinou-me o bilhete do jogo e vou pendurá-lo na parede, juntamente com todos os outros deste mundial. Se formos campeões, ou jogarmos a final, perco a compostura e peço autógrafos para todos os ingressos. Não serei menos profissional por causa disso. Afinal, as emoções que estes jogadores nos provocam, são únicas. O choro de Ronaldo, substituído depois daquela entrada assassina (premeditada?) até arrepia. Tal como ver os nossos compatriotas, em minoria na bancada, a cantar A Portuguesa" no final do jogo, como se fossem milhões.

domingo, junho 25, 2006

20:00 - Nuremberga

sábado, junho 24, 2006

Postcard II


A Alemanha está quente. O Sol cai impiedoso sobre as cabeças e a nationalmannschaft já está nos quartos-de-final. As buzinas dos carros antecipam os festejos que mais logo estão progamados um pouco por todo o lado. Telefonam-de de Portugal a contar que em Estugarda os hooligans ingleses já começaram a fazer das suas, tudo em directo na Skynews. Ligo a televisão e aqui ainda não passam imagens das cenas de mocada. Preferem dar os treinos da F1, onde amanhã nas boxes da Midland também se joga o Mundial. De um lado o português Tiago Monteiro, do outro companheiro de equipa, o holandês Cristian Alberts. Portugal tem o primeiro mata-mata deste Campeonato do Mundo. No meu entender, o jogo é acessível. Ou seja, podemos ganhar. Contra a Argentina teria mais dúvidas. De manhã cedo parto para Nuremberga. Esperam-me mais umas horas valentes de comboio até chegar ao estádio. Quero viver aqueles 90 minutos com a mesma tranquilidade que presenciei os outros encontros de Portugal. Mas julgo que não vou ser capaz. Tal como no Euro2004, vou chorar e rir, roer as unhas, chamar nomes ao tosco do Pauleta e apelar a todos os santinhos (incluindo a N.Sra. Caravaggio) para mandarmos as laranjas para casa. Pelo meio espero que a festa seja grande, tal como foi em Gelsenkirchen, de onde são estas fotos.


Tom, o bebé mais bonito do Mundial!

sexta-feira, junho 23, 2006

Portugal-México

Eis-me de volta, de novo com atraso, para contar as peripécias da viagem a Gelsenkirchen. No total foram mais de seis horas enfiado em comboios superlotados, com centenas mexicanos ao molho dentro das carruagens, a fazer lembrar aquelas imagens que vemos da Índia. Muita animação na cidade (que não é bonita, ao contrário das outras por onde já estive) e nas imediações do estádio onde o FC Porto de sagrou campeão europeu. O jogo até foi interessante, com Portugal a ganhar sem jogar melhor que o seu adversário. Simão a tentar fazer deste o seu Mundial e Maniche de volta aos grandes golos, ele que é quem mais remata na equipa de Scolari. Na bancada de imprensa ia espreitando nos monitores o que se passava no jogo com Angola. À espera de uma qualificação surpresa. Não deu, mas os palancas saem deste Mundial com apenas uma derrota, ante Portugal. Acabado o jogo e despachada a crónica para Lisboa, salto até à zona mista onde C. Ronaldo passou sem mostrar os dentes. Tás chateado porquê ò meu? Saudades da Merche?
No regresso a casa, o comboio que só deveria demorar duas horas a chegar demorou quatro. Com muitas paragens e cada uma delas dava tempo para vir cá fora fumar um cigarrito e comprar um chocolate. Apesar do cansaço, a viagem foi interessante, muito por culpa dos meus companheiros de compartimento. Um jornalista canadiano e dois adeptos mexicanos, na casa dos 45 anos. Um deles padre católico, completamente doido por futebol. Vieram de Chihuahua (tive de morder os lábios para não me partir a rir), que é no norte, não muito longe da fronteira com os EUA. Sairam com fé na bagagem e sem um único bilhete no bolso. Chegados à Alemanha, fizeram-se à vida, ou seja, viram-se para os candongueiros e pagaram 800 euros por cada bilhete para os três jogos do México. Que balúrdio! Iam para casa agora, onde esperam chegar domingo. Mas já sabem que primeiro ficam a ver o jogo com a Argentina no aeroporto de Houston, com duas cervejas na mão a brindar à saúde deste vosso escriba. Assim mo prometeram.

terça-feira, junho 20, 2006

Caught on tape

As conversas no balneário da selecção portuguesa e outros momentos de descontração dos craques. Três vídeos a não perder agora e para discutir mais tarde.

Paraguaio meteu a boca no trombone

Em bem disse que o Chilavert tinha dado uma bela entrevista. Merda.

segunda-feira, junho 19, 2006

Qual Zlatan?...

... esta é a foto mais publicada de todo o mundial até agora! Viva a Suécia!

Postal de Frankfurt

Isto de estar em trabalho no Mundial é óptimo. Um gajo anda perto da nossa selecção, vê os jogos, anda metido no meio da festa dos adeptos, vibra por estar presente no Mundial. Mas nem tudo é cor-de-rosa. Dorme-se pouco, passam-se muitas horas em frente ao laptop, muitas outras ao volante ou de comboio, sempre à procura daquele ângulo que diferencie a nossa reportagem. Nem sempre se consegue, mas faz-se os possíveis. No meio disto tudo, e sem ajuda dos outros bloggers, o BnR tem sido um pouco descurado, mas aqui estou para meter mais umas coisinhas. Mesmo que já tenham uns dias de atraso.

sábado, junho 17, 2006

Portugal-Irão

Já só faltam quatro...

quarta-feira, junho 14, 2006

angola-portugal

O jogo já lá vai e muito já se falou sobre o que a selecção (não) jogou, mas só agora tive tempo para postar. Aqui ficam só umas fotos que tirei com o telemóvel no estádio. Pena que não tenha tirado da enorme festa lusófona que se fez no centro de Colónia, com a lindíssima Catedral como pano de fundo (estava a guardar bateria para o caso de encontrar a Merche). Todo o ambiente à volta do jogo foi fantástico. Na descomunal sala de imprensa de Colónia - condições 6 estrelas - reencontrei velhos amigos, em especial o M. Pataco (que bem ficas com o fato da FIFA!), o P. Fonseca, o P. Rita, o F. Paraíso e, claro, o nosso outro blogger, o charutadas. No estádio assisti ao jogo sentado ao lado do treinador turco Senol Gunes. Ele não quis dar entrevistas, mas sempre foi dizendo que o jogo estava a ser uma boa bosta (assenti com a cabeça, pois claro!). Olhei para os apontamentos dele e vi uma cruzinha no nome do Akwá, mas não percebi se ele estava referenciar o avançado ou apenas a gastar tinta da caneta. Por falar em não querer dar entrevistas, na sala de imprensa vi o mítico Chilavert, de fato e gravata, gordo que nem um texugo, longe do futebol nos relvados, agora a trabalhar como comentador para uma TV dos EUA. Quis saber o que sente o um guarda redes quando faz um hat-trick num jogo, mas o gajo estava em blackout. Só arrisquei insistir uma vez, pois estava com medo de levar um "bilhete de direita". Mas fiquei desolado por perder o exclusivo. Tinha dado uma excelente entrevista.

sexta-feira, junho 09, 2006

jornal online

Já está online o novo jornal desportivo online. Isenção, qualidade e inovação à distância de um clique.

Brasil

Finalmente após escrever reportagens sobre os bastidores do Mundial, tive ontem o meu primeiro contacto mais próximo com a bola. Daqui para a frente vai ser sempre a bombar com a selecção nacional. Bem, como disse, ontem estive dentro da acção, a assistir ao treino do Brasil em Offenbach, nos arredores de Frankfurt. Cerca de 25 mil pessoas no apronto, numa verdadeira festa de cor e som que só os brasileiros conseguem fazer. Deu para estar perto dos craques e para encontrar outros jornalistas portugueses, que andam já há alguns dias a acompanhar o escrete, como o José Manuel Delgado (A Bola), o Alexandre Albuquerque (RTP) e o Gonçalo Ventura (RDP). Uma pequena gota no oceano de centenas de profissionais da comunicação que seguem a canarinha para todo o lado. Só a globo tem 180 gajos na Alemanha! Bem, o treino foi feito a contra-gosto pelos responsáveis do Brasil, que não gostaram do relvado e não queriam fazer 40 kms para agradar à FIFA, pelo que a sessão foi feita em ritmo lento/lentinho. Valeu para ver umas quantas habilidades de Ronaldinho e um grande golão de Luisão. Para além, claro, das brasileiras.

terça-feira, junho 06, 2006

Anedota*

Viajavam no mesmo compartimento de um comboio, um benfiquista, um sportinguista, uma loira espectacular e uma gorda enorme. Depois de uns minutos de viagem, o comboio começa a entrar num tunel e ouve-se uma sonora chapada. Ao sairem do tunel, o benfiquista tinha um vermelhão na cara.

- A loira espectacular pensou:
Este filho da mãe do gajo do Benfica queria apalpar-me, enganou-se, apalpou a gorda e ela deu-lhe uma chapada!

- A gorda enorme pensou:
O filho da mãe do lampião apalpou a loira e ela mandou-lhe um chapadão!

- O benfiquista pensou:
Este sacana do lagarto apalpou a loira, ela enganou-se e mandou-me uma
chapada.


- E o sportinguista pensou:
Oxalá venha outro tunel para poder mandar mais um chapadão no lampião!


*dedicado ao miego e ao pitons!

segunda-feira, junho 05, 2006

postcard de marienfeld

sábado, junho 03, 2006

Desmente isto...

O que é que Scolari quer provocar com esta execrável entrevista?

sexta-feira, junho 02, 2006

BnR video store

Qualquer semelhança entre este senhor aqui e o Nuno Gomes ou outro qualquer avançado da equipa do Scolari é pura coincidência.

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