segunda-feira, julho 31, 2006

Mais olhos que barriga

Já o tinha dito o ano passado e volto a dizê-lo. Os negócios que o Benfica tem tido em mãos por Simão são negócios da "china". Simão vale muito mais no Benfica do que aquilo que o clube quer que ele valha no mundo do futebol. Se o Benfica tem vendido Simão o ano passado, quando teve a chance de o vender por 15 milhões (ou mais) mais o empréstimo de Cissé teria feito um grande negócio, provavelmente obtendo os mesmos resultados desportivos que obteve ou seja, nenhuns. Este verão assistimos a mais uma incompreensível sangria, de um clube espanhol que não parece ter juizo ou amor ao dinheiro e ofereceu por Simão aquilo que ele não vale, quando comparado com outros jogadores em trânsito por essa europa fora. Independentemente do Benfica ter direito a 100, 50 ou 0% da verba em causa (algo que ainda não consegui perceber bem) o negócio será sempre bom, caso o Benfica ainda consiga meter Simão na ordem e concretizar o grande negócio que têm em mãos.

Se Simão ficar os benfiquistas ficarão inicialmente contentes. Vão esquecer no entanto o óbvio: que um jogador frustrado não rende o mesmo, como demonstrou grande parte da última época de Simão e que a presença de Simão não resolve o outro problema cada vez mais óbvio: a presença de Fernando Santos.

Quanto a Simão está a ser mais guloso do que devia. Querer ganhar mais do que a estrela actual do plantel do Valência é algo ridículo, embora tenha razão caso lhe tenham prometido cá algo diferente do que lhe mostraram lá. Será que alguém ligou a Simão pedindo-lhe mais uma vez para esperar até Dezembro? Quero crer que Simão não seria tão estúpido ao ponto de recusar o negócio caso não tivesse uma carta na manga. A seguir.

PS - Muito curioso o facto de no torneio do Guadiana Ricardo Rocha ter merecido a bracadeira quando Rui Costa estava em campo. Será que alguém na Luz terá a noção do ridículo? Com ou sem Simão Rui Costa é o capitão moral do Benfica. Há dúvidas?

quinta-feira, julho 27, 2006

O primeiro derby





Primeiro derby do ano, a feijões, para conversa de escritório, mas que deixa motivos de reflexão e preocupação para os lados da luz. Ao contrário dos (brilhantes) comentadores da SIC não vou na cantiga do milagre de o Sporting estar já muito bem fisicamente com apenas uma semana de trabalho, por mais que respeite e tenha fé no trabalho de Bento e Aroso. O que me parece óbvio e dramático é não só o estado físico do Benfica como também o (inexistente) entrosamento, com muito mais tempo de trabalho e com um jogo da champions à porta. O Benfica esteve muito fraco, o Sporting mandou como quis. Com uma semana de treinos das pernas foram os jogadores do Sporting a pressionar sempre em cima dos adversários do princípio ao fim, enquanto o rival parecia cansado desde os 10m de jogo e sempre à espera que um simbólico mas irremediavalmente envelhecido Rui Costa fizesse algo. O benfica deixou de depender de um Simão no "primetime of life" para passar a depender de alguém que já foi um grande jogador mas que está a caminho dos 40 anos e ao qual não podem pedir a disponibilidade e clarividência de um verdadeiro profissional de plena capacidade. Ou o Benfica faz algo ou vai passar dissabores.

Enquanto isso Djaló mostrou mais uma vez aos sportinguistas que bem podem agradecer a Aurélio Pereira e sua equipa as poucas alegrias que vão tendo, fruto da única área verdadeiramente profissionalizada do clube e a anos de distância dos rivais: a formação. Enquanto isso os avisados adeptos benfiquistas deviam questionar-se porque não vivem um momento de "revelação" como estes que vão animando os sportinguistas há mais de 25 anos, mas isso seria questionar a política seguida não só por Vieira e antecessores, e o questionar não é o forte do adepto benfiquista. Antes um Fonseca a caminho que 2,3 Rui Costas ao longo dos anos pensam eles. E eu concordo.

Nota positiva também para Ronny. Ou foi fogacho ou Caneira (a aparecer) terá ali forte concorrência.

quarta-feira, julho 26, 2006

Don Carlo

Moggi is a rolemodel for me...


Foi com curiosidade que li isto ontem no jornal O Jogo. António Tavares assina a sua habitualmente pobre coluna editorial no pasquim nortenho, desta vez num acerto de contas escrito com Don Carlo, cheio de detalhes que despertam o apetite.

Sabendo eu com o que conta o Sporting com Don Carlo não deixo de achar curioso este lavar de roupa suja impresso, que envolve duas figuras para as quais tenho dificildade em encontrar algum ponto que me desperte admiração pelo trabalho que realizam. No caso de Tavares a razão do súbito fel é misteriosa e interessante. Afinal Don Carlo foi colega neste pasquim, e foi a partir de lá que se lançou para uma incompreensivelmente (ou talvez não) bem sucedida carreira como pretenso "profissional" habilitado a uma gestão de activos moderna. Este pasquim foi muitas vezes porta-voz do elogio a Don Carlo, sobretudo nos momentos mais complicados, quando o resultado desportivo de algumas opções desastrosas apertou o pescoço daquele que de facto merece reconhecimento pela forma como convenceu a maioria dos sportinguistas de que é eficiente quando os resultados e método apontam exactamente o contrário.

Don Carlo lá se vai aguentando, neste momento com mais poder. Os disparates são agora mais evidentes, mas mesmo assim em terra de cego quem tem olho é rei e ninguém em Alvalade faz a mínima ideia de como gerir activos e aquisições sem a presença de Carlo. É Rei e senhor do seu domínio, podendo dar-se ao luxo de sugerir que Moisés é o "mau da fita", um pobre diabo que não terá provavelmente muito mais do que a 4ª classe e que entrega a sua carreira na mão de agiotas como acontece com a grande maioria dos profissionais de futebol de hoje, ao mesmo tempo que iliba o amigo Baidek, certamente porque a longo prazo um Baidek "em banca", à mão de semear, dá muito mais jeito que um Moisés "no banco".

Enquanto isso os sportinguistas fazem fé no grande Don Carlo, agora finalmente rodeado do seu séquito de amigos (e com Sá Pinto convenientemente despachado). Esperemos que os resultados de curto prazo surjam, para breve gáudio da plebe leonina. Depois virão os problemas do costume. Esperemos que estas zangas ocasionais entre comadres nos tragam alguma luz (e até humor) sobre esta personagem que marca a última década de Alvalade e que acredito merecer um dia um livro. Obra de drama ou comédia: ainda não decidi.

sábado, julho 22, 2006

The Fugitive


Parece que este já conseguiu fugir. Quando parecia que tinha finalmente vencido a amargura do regresso ao qual o seu verdadeiro clube o votou (ao qual nunca soube perdoar, como os grandes sabem) eis que lhe dão o prémio: asas para fugir dali para fora. Vai rapaz, reconstroi a tua vida. O ar de iraniano vendedor de réplicas timex na Praça de Espanha já não perderás, foram muitos anos naquele ambiente, mas pode ser que ainda consigas terminar a carreira com algum feito condizente com a formação de excelência que tiveste o previlégio de receber.

RUN FOREST... RUN!

sexta-feira, julho 21, 2006

Uma história mal contada

Boys will be boys.

O Benfica anunciou esta semana que o encalhado centro de estágio dos pântanos do Seixal já tinha o naming vendido: a Caixa Geral de Depósitos ia bancar. Confesso que à primeira estranhei. Que razões estratégicas levariam uma instituição bancária que ainda por cima não é directamente conotada com o futebol a investir numa coisa destas? Não conseguia perceber. Foi então que me começaram a vir às ideias à cabeça e os rumores aos ouvidos. Quanto a ideias é simples: na adminstração da Caixa está um dos mais activos boys on the job, Armando Vara, ex-dirigente do Benfica e conhecido wanna be president da Instituição. Depois os rumores... de que esta seria a compensação de dívidas à CGD relacionadas com a construção do novo estádio da Luz.

Seja este, aquele ou outro o cenário que explica este negócio uma coisa é certa: o mesmo carece de explicação.

Não sou cliente CGD, mas se fosse obviamente pediria explicações. Que motivos estratégicos levariam o meu banco a investir o MEU dinheiro num centro de estágio? Até compreenderia que o meu banco enchesse o estádio da Luz de publicidade, isso seria aceitável e facilmente compreensível, agora um centro de estágio no pantanal do Seixal? Este é o tipo de infraestruturas que pode quanto muito interessar a uma marca relacionada com o metier, mesmo que não desportiva. Até podia interessar a um banco directamente relacionado com o futebol nacional, como o BES, agora à Caixa? Onde está a explicação? Não existe. E o pior é que ninguém pede. Os jornalistas dormem. É mais fácil mentir aos leitores, como o fez ontem descaradamente o Record com a sua capa sobre os "35" milhões encaixados pelo Benfica do que fazer JORNALISMO.

Vamos esperar que algum profissional da comunicação se digne a cumprir o seu dever e inquirir sobre quem propos, quem aprovou e que razões estratégicas levaram a CGD a fechar este negócio. Vamos esperar.
Sentados claro.

quinta-feira, julho 20, 2006

O Actor

Patinho f... also.


Há dois dias tive a infelicidade de ligar a TV no momento errado. Apanhei ainda parte do novo anúncio que promove o kit sócio do Benfica. Antes de mais deixo uma ressalva: apesar de não gostar do Benfica não misturo isso neste assunto, aliás porque neste momento decorre uma campanha de rádio de promoção ao mesmo produto que essa sim tem graça e está bem feita. Aqui o assunto é o Rui Costa. Mas continuando... Rui começa a descrever o golo que marcou ao Benfica quando estava na Fiorentina, ao mesmo tempo em que surgem as imagens dos "passos" por ele descritos. Por fim chega o momento ridículo: Rui Costa baixa a cabeça com ar de sofrimento e diz que foi o pior golo que marcou na sua vida. Por vezes há anúncios ou programas de TV que me custam ver pelo ridículo do desempenho dos intervenientes e a meio mudo o canal porque não aguento, este é um deles.

O mais curioso é que o Rui Costa que participa neste anúncio é o mesmo que ultimamente é promovido a "gandhi" vermelho: ele não se importa com a braçadeira, ele acha que o Simão deve ser o capitão, ele está ali com total humildade... Estamos a falar do mesmo Rui. O agora comprovado actor. E porquê comprovado? Porque só os mais esquecidos esquecem que este Rui Costa, o "humilde", o "altruísta", o "desinteressado" e o "sentimental" é o mesmo que na véspera do jogo mais importante da história do futebol português decidiu colocar à frente dos interesses nacionais a sua "pirraça" pessoal, anunciando o abandono da selecção para surpresa geral, não só do treinador mas inclusivamente do seu capitão, que o ladeava. Certamente um momento muito feio e egoísta que não terá caído nada bem no seio do grupo.

Assistimos actualmente à promoção do Rui Gandhi. A mim não me enganas Rui, e o anúncio comprova o jeito para a falsidade que já te conhecia.

sexta-feira, julho 14, 2006

Deus na Terra

Faltam-me duas postas para acabar o tema Mundial2006. Esta é a penúltima. E talvez uma das mais empolgantes experiências pessoais em todo o torneio. Faltavam cerca de 4 minutos para começar o Alemanha-Portugal em Estugarda e eu estava sentado na minha cadeira a ver se o laptop funcionava a 100%. Pelos monitores já dava para perceber que os jogadores estavam à boca do túnel, quando começo a sentir uma movimentação estranha, no mínimo, do meu lado direito, meia dúzia de filas acima. Num momento em que as equipas estavam a entrar em campo, os jornalistas estavam de costas para o relvado, com as atenções centradas noutro local. "Mas quem é que estará ali?", comentei com um amigo, deixando-me ficar mais uns instantes a apreciar a entrada dos jogadores. Depois não resisti e sem saber o que se passava, peguei na minha máquina e corri para o local. Vi flashes a serem disparados, canetas e papeis em riste, mas não conseguia descortinar quem era a vedeta que causava tanta sensação. No meio daquela confusão, já com o hino alemão a ecoar nos autifalantes, vi finalmente o rosto d'Ele. Do Causador. Do Homem que ofuscou o pontapé inicial do jogo do terceiro e quarto lugares do Campeonato do Mundo. No início nem quis acreditar. Era Ele. Vi-O. Vi Deus na terra. Em Estugarda. Sorrindo timidamente perante tanta atenção. Consegui estar a cinco metros D'Ele. Era DIEGO ARMANDO MARADONA!
(click to enlarge)

terça-feira, julho 11, 2006

Ainda o Alemanha-Portugal

O Mundial já acabou e agora é tempo de fazer uma cura de futebol... ou talvez não. Bem, como de costume, aqui vai a posta atrasada do jogo português em Estugarda. Ter ficado em terceiro teria sido muito bom, mas os alemães foram mais fortes e quase deram um cabaz a Portugal. Os da casa fizeram a festa perante uma quase impreceptível mancha portuguesa nas bancadas.
A cidade vive e respira Mercedes-Benz. A marca fundada por Gottlieb Daimler e Karl Friedrich Benz é o grande empregador da capital do estado de Baden-Wüerttembeg, com cerca de 600 mil habitantes. Ao lado do estádio (Gottlieb Daimler) fica o museu da Mercedes, que tem no seu interior um taxi lisboeta com mais de 1 milhão de quilómetros e em perfeito estado de conservação - Livra, se o Carmona sabe disto nunca mais manda tapar um buraco na cidade!
A caminho do estádio encontrei duas raparigas alemãs com camisolas de Portugal. Perguntei a razão. Simples, responderam elas: "A alemanha já não vai à final e por isso torcemos por Portugal, que joga muito bem." Sorri, simplesmente. De contente pelo multiculturalismo e orgulhoso de ser português. E para aqueles que se aqui se mostraram críticos ao meu patriotismo (?), aqui fica a foto de que os meus textos são sempre escritos com Portugal no Coração. Mesmo sem a Merche. Portugal, já aqui o disse, fez o que pôde. Talvez mesmo mais. Soube a pouco? Depois de vencer a Inglaterra sim. Mas paciência.
Do jogo não tirei qualquer foto. Não sei bem porquê. Talvez estivesse à espera de mais um golo do Maniche ou de um fogacho do Deco. Não aconteceu, e pouco depois o Schweinsteiger tratou de sentenciar a coisa. Agora está na altura de regressar a casa. Já lá vão seis semanas na Alemanha, com a barriga cheia de futebol, salsichas e cerveja. Vou acompanhando as notícias portuguesas na net, mas já sinto falta dos telejornais de hora e meia, com as estórias do canil de Vila-Viçosa que não tem licença para banhos e cortes de pêlo, ou da rua em Albergaria-dos-Doze que continua com o poste de iluminação partido. Vai ser bom regressar. Mesmo sem o caneco na mão.

segunda-feira, julho 10, 2006

Obrigado...

Ausente há algum tempo venho aqui deixar o meu agradecimento.
Num mês particularmente complicado tenho de agradecer a quem de direito: os responsáveis pelas poucas alegrias que tive, por breves momentos, nos últimos 30 dias. O meu agradecimento vai para Scolari e seus rapazes.

Pouco me interessa se não ganhámos. Pouco me interessam os intelecto masturbadores que agora se dedicam a cair no rídículo dizendo "mas mesmo assim deviamos ter feito melhor e a culpa é de Scolari/Pauleta/Fado/x/y...". A mim só me interessa uma coisa: o imenso orgulho em ser português nestes momentos e a noção de que sem ovos é complicado fazer omoletes e que muito já fizeram estes, que me deram repito breves mas intensas alegrias.

Pena que os críticos, consumidos pelo gozo de conseguir encaixar as críticas ao brasileiro de modo a sairem bem da fotografia, não dêem por melhor empregue o seu tempo reflectindo nas verdadeiras limitações que emolduram o que conseguimos como algo verdadeiramente espectacular. De modo que não tenham de interromper a sua masturbação eu deixo aqui as verdades que não lhes interessam mas que todo o português consciente e bem agradecido deve ter em conta:

- Portugal tem 10 milhões de habitantes. Não há volta a dar a isto. Temos uma base de recrutamento limitada. Na Europa apenas a Holanda se compara a Portugal, no que concerne ao aproveitamento vs base de recrutamento. No entanto penso que qualquer conhecedor tem noção das diferenças ainda demasiado vincadas entre a formação holandesa e a portuguesa. Mesmo assim compare-se a performance de Portugal, mesmo antes de Scolari, com a da Holanda desde 2001 e a conclusão é óbvia: lideramos.

- Portugal tem uma formação desequilibrada. Não sei porquê, não percebo como, mas em Portugal só de formam médios: trincos, meios trincos, médios centros, médios avançados, médios alas e médios parvos. Depois existem ainda os extremos e aqueles que se auto intitulam "segundos pontas-de-lança". Não se formam avançados. Assumindo já que o puto futebolista é parvo por natureza, mesmo assim a culpa principal tem de ser das academias e centros de formação dos principais clubes nacionais. Ainda recementemente, no Europeu sub21 pude verificar a existência de 2,3 excelentes avançados franceses que, caso fossem formados em Portugal, seriam automaticamente transformados em médios ou extremos. Incompreensível.

- Portugal é um país mesquinho. O que Scolari e seus jogadores fizeram, fizeram-no contra um bloqueio minoritário mas mesmo assim inaceitável. Existe quem neste país teime em não dar crédito a quem o merece, enquanto que noutros países (inglaterra, espanha e até já brasil) anseiam pelo que temos. É o cúmulo do ridículo.

- Em Portugal alguns erram, outros não. É a conclusão que se me oferece tirar ao ler quem ainda tem coragem de apontar os erros (evidentes) de Scolari mesmo após tudo o que conseguiu. É que parece que apenas a Scolari não é permitido cometer erros. Todos podem cometer erros menos ele, mesmo atingindo níveis para os quais não tem bases. Concluo que existe uma pequena franja de portugueses infalíveis (e não se trata de Cavaco Silva pois este aplaudiu a selecção). Não compreendo como estamos como estamos com tantos infalíveis. Scolari comete erros como qualquer pessoa, mas os seus verdugos recusam reconhecer-lhe o mérito do que atinge. O que atinge passa a ser automaticamente o "mínimo aceitável face ao que tinha nas mãos".

Enfim... quem tiver paciência que os coma pois eu já não a tenho. Repito: identificando as limitações e erros de Scolari agradeço-lhe de forma sentida as alegrias imprevistas que me ofereceu tanto no Euro 2004 como agora no mais significativo Mundial 2006. E a quem tiver dúvidas sugiro o seguinte exercício: comparem o número de vitórias de Portugal, em qualificações e torneios, desde o início do Euro 2004 até ao final deste Mundial 2006 com os gigantes mundiais, nomeadamente os 7 que já foram campeões do mundo, e digam-me quantos ficam à nossa frente em termos de produtividade nos últimos 2,3 anos. Pois é.

Obrigado rapaziada.

Gravatinhas, allez!

O gravatinhas foi à vida e, segundo ele, a culpa foi de um tal de Materazzi, que "marcou o golo do empate e expulsou Zidane".

Para quem tanto falou em fair-play aqui há uns dias, ficou-lhe bem, não só responsabilizar o central italiano pela derrota, como pontapear um boião de água para dentro do relvado, protestanto com a decisão do árbitro. Que beto tão mal comportado!

Realmente, estes cromos (os tablóides ingleses não lhe ficam atrás) que são os primeiros a ver nos outros falta de desportivismo mas nunca conseguem olhar-se ao espelho para ver o quão ridículo é o seu reflexo só têm o que merecem.

C'est la vie...

sábado, julho 08, 2006

Os nossos 23... um a um

Ricardo - Talismã

Quim - Companheiro

Paulo Santos - Sortudo

Miguel - Fulgurante

Paulo Ferreira - Discreto

Ricardo Carvalho - Gigante

Meira - Impressionante

Ricardo Costa - Estreante

Nuno Valente - Eficaz

Caneira - Útil

Costinha - Pendular

Petit - Descrente

Maniche - Energético

Tiago - Apático

Deco - Estático

Hugo Viana - Dinamizador

Figo - Figomenal

Simão - Intermitente

Ronaldo - Imprevisível

Boa Morte - Leal

Pauleta - Inconsequente

Postiga - Apagado

Nuno Gomes - Injustiçado


ps - Scolari - Galvanizador

20 minutos bastaram...

... para Nuno Gomes mostar que é, de longe, o melhor avançado para o estilo de jogo da selecção.

Tirando essa incompreensível insistência em Pauleta, parabéns Scolari, parabéns Portugal.

Alemanha-Portugal

Nunca a expressão "até os comemos" me pareceu tão acertada...

quinta-feira, julho 06, 2006

Portugal-França II

A viagem à lindíssma Munique foi a mais penosa de todas neste Mundial. Não só pelas 7 horas que demorei de comboio(s) até chegar a casa, mas principalmente pelo resultado com os franceses.
Mais uma vez eles. Mais uma vez de penalty. Mais uma vez Zidane. Tenho a clara sensação que Portugal foi sempre melhor. Mesmo que desorganizado (por deficiência de Deco, perdedor no confronto com Zidane), o conjunto nacional criou as melhores ocasiões e foi quem mais tentou vencer o jogo. Se me recordo bem, e ajudado pelas palavras do Figo, o Ricardo na segunda parte foi um espectador privilegiado do encontro. Amarga pois estas derrota, que nos atira para o jogo mais dispensável do mundo. Como tem vindo a ser hábito neste mundial, os portugueses na bancada estavam em minoria, mas não tanto como no jogo com Inglaterra. Fez-se festa, pois claro, a começar no centro da cidade, em Marienplatz.















No final não compreendi bem as críticas de Scolari (e outros) à arbitragem. É verdade que o uruguaio que apitou o jogo nem sempre esteve muito bem, mas não devido a ele que Portugal foi eliminado. Perdeu porque há erros que mais tarde se pagam caro. Pauleta pode ter os recordes todos que quiser que nunca deixará de ser um jogador de clube do meio da tabela da Superliga. Inacreditável como não consegue ganhar uma única bola. Pelo ar ou pelo chão. No Natal, se o conhecerem, ofereçam-lhe um vídeo do Peter Crouch. O lugar de ponta-de-lança é e vai ser o principal problema desta equipa. Não existe um agora nem se perspectiva o surgimento de alguém com esse justifique esse epíteto. Mas ainda vamos a tempo de "fabricar" um jogador para o África do Sul2010. Se não, que se "compre" alguém no Brasil. Depois, este onze que se mantém inalterável há dois anos não serve para vencer todas as equipas. Nem todos os jogos, com já se provou. E no banco não há (muitas) soluções. Há gajos porreiros que não se chateiam por não jogar. Mas reconheço que chegar aqui já é uma proeza. Muito mais difícil do que ser campeão do mundo com o Brasil. Mas para conseguir isso, Portugal sacrificou o seu futebol envolvente e bonito pelos resultados. Não sei se fico assim tão contente com a troca.

Portugal-França

O céu de Munique esteve tão perto...

quarta-feira, julho 05, 2006

Não percebo...

Mas por que diabo não joga Nuno Gomes??!!

terça-feira, julho 04, 2006

Faltam menos de 24 horas

Um já está. A Italia é o primeiro finalista do Mundial2006 depois de hoje ter vencido a Alemanha por 2-0, no prolongamento. Eu, que vi o jogo no meio de alemães amigos, não pude deixar de compreender a frustração após o apito final. O cinismo italiano na sua máxima personificação. Não tanto defensivo como noutras ocasiões, mas sempre naquela onda de "se não sofrermos um golo não perdemos isto". Depois o golpe, aos 118m. Dois, aliás, de rajada, sem dar hipóteses de resposta. Evitando que os penalties os condenassem para o jogo dos 3.º e 4.ºs. O anfitrião diz adeus ao mundial e os alemães que conheço foram todos deitar-se mais cedo. Não sei como será amanhã. Se Portugal consegue matar o borrego e vencer a França ou se depois vou sentir o mesmo que os alemães esta noite. Seja como for, o Mundo viu hoje quem é o principal candidato a vencer o Mundial. Oxalá Portugal continue a contrariar todos os experts que nunca colocaram o vice-campeão europeu no lote dos candidatos.

segunda-feira, julho 03, 2006

Up and down

Se nesta altura me perguntarem qual o melhor jogador do Mundial, admito que teria dificuldade em escolher um que tivesse realmente descolado da concorrência. Já o inverso é bem mais fácil. Não tenho dúvidas que a grande decepção deste Alemanha2006 é Ronaldinho. Por estas e por outras é que em Maio disse isto.

domingo, julho 02, 2006

Inglaterra-Portugal II





Teve de ser nos penalties, outra vez, mas foi. Os bifes foram despachados em alta velocidade por um superRICARDO. Com esta é que labreca "matou" o Baía de vez. Incrível a tensão que se viveu no Auf Shalke Arena. Portugal em cima dos brits o jogo quase todo e eles com um autocarro daqueles de dois andares estacionado à frente da baliza de Robinson. Muitos gritos e festa na bancada de imprensa, mas justificados pela intensidade do momento. Agora, mais calmo, fico com a certeza que perante o desenrolar do jogo, Portugal devia ter resolvido a coisa antes do prolongamento. Mas Pauleta continua a ser uma nódoa (e postiga pouco melhor é) e Nuno Gomes nem tem uma oportunidade de mostrar serviço. De resto, tudo fantástico: Maniche com pilhas ilimitadas, os centrais perfeitos, Miguel a segurar bem Joe Cole, Figo a dar tudo o que tinha. No final, os jogadores portugueses estavam felizes. Do lado contrário só trombas. É natural. O David passou a um metro de mim, interpelei-o e o spiceboy (que ia a coxear) nem abriu a boca. Apeteceu-me dizer-lhe: "have a nice trip home".
Agora vem a meia-final que sempre desejei. Esta França renascida não me convence. Mesmo com Zizou de novo superstar. Portugal vai vingar 84 e 2000 e jogar a final com os troncos dos alemães.

sábado, julho 01, 2006

Inglaterra-Portugal

Mal passado para mim, sff.....

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